4 modelos que fogem do estereótipo para seguir

Se até pouco tempo atrás modelos que não fossem brancos, magros e com traços europeus não eram nada comuns em passarelas e revistas de moda, hoje isso está começando a mudar.

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Não existe mais desculpa para não dar a espaço a modelos que fogem do esteriótipo, todo mundo clama por pessoas reais e principalmente por corpos reais e comuns sendo representados.

Muitas coisas ainda precisam mudar, mas já percebemos um movimento do mundo da moda para a inclusão de todos os tipos de pessoas nesse “mundo” que antes era bem específico.

Por isso, conheça 4 modelos que fogem do esteriótipo que encontramos em todas as passarelas do mundo:

modelos que fogem do estereotipo que você precisa conhecer

Dexter Mayfield (@dexrated)

Em 2015, o modelo, dançarino, coreógrafo e ator Dexter Mayfield desfilou para a Marco Marco e viralizou pela internet deixando todo mundo de boca aberta com sua catwalk provocativa e cheia de confiança, desde então ele já fez muitas participações em outras atrações e vem ganhando cada vez mais espaço na mídia mainstream e normatizando seu corpo por onde passa.  

Depois do sucesso como modelo em seu primeiro desfile, o modelo participou de alguns outros desfiles, inclusive para a marca Marco Marco, novamente em 2016, além de aparecer em capas de revistas e campanhas de moda ao mesmo tempo em que também trabalhou como ator e dançarino para artistas como Jenifer Lopez e Katy Perry.  

Em várias entrevistas Dexter fala sobre ser modelo plus size e sobre como é importante existir homens gordos sendo representados, além de expandir o pensamento de beleza masculina para outros corpos que não sejam apenas padrões.  

Em Maio de 2018 Dexter Mayfield foi capa da revista Gay Times, na ocasião o modelo falou sobre a existência do racismo e da gordofobia na comunidade LGBTQ+, enfatizando que não é fácil ser um homem negro e gordo na comunidade e que já existe bastante preconceito e racismo de forma geral e que essas coisas não deveriam existir dentro da nossa comunidade.

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Ele falou sobre como foi abraçado por drags e como elas o ajudaram a se encontrar mais na sua estética e na vida, principalmente por ter mais liberdade e por não existirem tantas regras de gênero, permitindo que as pessoas vivam sua fluidez de forma mais livre.

Dexter também falou sobre como é difícil para ele pegar trabalhos porque as pessoas o colocam como o “homem que desfilou de salto”, sendo que ele pode também ser outras coisas.  

Recentemente ele fez uma #publi para a Fenty Beauty da Rihanna no instagram divulgando o iluminador da marca e deixou todo mundo babando com o iluminador e com sua atitude incrível! Amamos Dexter sim ou com certeza?

modelos que fogem do estereotipo que você precisa conhecer

Winnie Harlow (@winnieharlow)

Nascida no Canadá, a modelo Winnie Harlow ficou conhecida quando participou de uma edição do programa americano “America’s Next Top Model” e acabou não ganhando, mas começou a se firmar como modelo depois do programa quando seus ensaios com fotógrafos independentes fizeram muito sucesso e acabou participando de campanhas para marcas como Diesel, Sprite e Swarovski, além de fazer fotos para revistas como i-D, Dazed, Cosmopolitan, Glamour e Vogue.  

Winnie tem vitiligo que é uma doença dermatológica que causa a perda do pigmento na pele, gerando manchas em diversos locais do corpo e isso faz com que a modelo se diferencie de todas as outras nos ensaios e passarelas.

Mas nem sempre sua condição foi algo positivo em sua vida, quando criança ela conta que sofreu muito por ser “diferente” e que recebeu apelidos como zebra e vaca de outras crianças, além dos olhares na rua que sempre a deixava desconfortável.  

Hoje a modelo representa muito para pessoas com vitiligo, principalmente pela visibilidade e por normatizar corpos de pessoas que vivem com essa condição. Recentemente ela desfilou para a Victoria’s Secrets, sendo a primeira modelo com vitiligo a desfilar pela grife.

Você vai gostar: O que é o movimento body positive?

modelos que fogem do estereotipo que você precisa conhecer

Ady Del Valle (@adydelvalle_)

Antes de seu instagram bombar, Ady Del Valle era uma pessoa com uma rotina normal vivendo em Boston nos EUA.

Quando o modelo resolveu investir em suas fotos no instagram, postando imagens que mostravam mais seu corpo, assim como imagens com uma pegada mais fashion acabou chamando atenção de outras pessoas e também de marcas de moda masculina plus size.   

Em 2016 a convite da marca VOLARE, Ady desfilou pela primeira vez em um dos maiores eventos de moda do mundo, a Nova York Fashion Week e desde então sua vida vem mudando e o modelo plus size tem recebido cada vez mais espaço na moda, desfilando também para outras marcas como a Brandon Kyle, além de ser convidado por muitos sites, como Yahoo, DailyMail e NY Post para falar sobre sua vida, ativismo e claro sobre como é ser modelo plus size.  

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Ady Del Valle já declarou em algumas entrevistas que seu processo de aceitação e autoconfiança vem sendo construído a pelo menos três anos e que a única mensagem que ele quer transmitir é que independente de como você seja, você pode amar moda e pode ser o que você quiser.  

Por se diferenciar da maioria dos modelos plus size Ady acaba sendo vítima de ataques constantes no seu instagram por pessoas que dizem que ele promove a obesidade, o modelo já disse que promove amor próprio e aceitação, não importando seu peso, gênero ou deficiência.

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Aaron Philip (aaron__philip)

A modelo trans e com deficiência Aaron Philip viu sua vida mudar depois que seu tweet viralizou, ela escreveu: “Honestamente quando eu for notada/descoberta por alguma agência de modelos já era pra vocês! E por “vocês” eu digo o mundo! Está na hora da inclusividade/diversidade, entrem nessa!”, hoje esse tweet já conta com mais de 20 mil retweets e mais de 90 mil likes e graças aos compartilhamentos muitos fotógrafos e agências conheceram a história da Aaron e sua carreira começou a realmente decolar.   

Junto com sua família Aaron Philip morava na Ilha Caribenha de Antígua, depois de ser diagnosticada com paralisia cerebral na infância, eles se mudaram para Nova York nos EUA para procurar melhores opções de tratamentos para sua deficiência.

Aaron já falou várias vezes sobre sua vivências por ser cadeirante, como em uma entrevista para a VICE, onde a modelo diz que cresceu meio que isolada das outras pessoas porque ela sofria preconceito, mesmo por outras crianças na infância pelo fato de ser uma pessoa com deficiência, então a internet para ela foi muito importante nesse processo solitário.  

Hoje Aaron já conta com mais de 40 mil seguidores no instagram, já posou para várias revistas e fez campanhas para marcas como H&M e ASOS e o mais importante e revolucionário passo da sua carreira: foi contratada por uma grande agência, a ELITE Model Management. Aaron Philip é uma modelo negra, trans, não binária e com deficiência e isso faz dela muito especial na luta por inclusão e diversidade na moda.

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